A curto prazo o Governo vai fazer uma gestão rigorosa das despesas, assim como aprovar retroactivamente o OGE (Orçamento Geral de Estado) do ano 2019 e vai “apertar o cinto” através das medidas que vai tomar para reduzir as despesas e aumentar as receitas com o objectivo de retomar as conversações com o FMI (Fundo Monetário Internacional).
O anúncio foi feito pelo ministro da Economia e Finanças a saída de uma reunião, esta sexta-feira (19/07), sobre o recém-criado dispositivo de apoio ao financiamento das pequenas e médias empresas/ pequenas e médias indústrias (PME/PMI).
Geraldo Martins realçou que presentemente o défice fiscal ronda os 6% (seis por cento) e, é preciso baixá-lo à 3% (três por cento).
Justificando essa situação o governante revelou que “nos últimos meses, sobretudo a partir de Janeiro de 2019, houve aumento de despesas que se deveu, em parte, ao ajustamento salarial mas também às despesas que o Governo teve que fazer por causa das eleições (legislativas). E, em contrapartida, não houve um aumento substancial das receitas o que fez com que neste momento o défice fiscal seja mais elevado do que aquilo que estava a ser previsto. Neste momento, o défice fiscal está à volta de 6% (seis por cento) do Produto Interno Bruto (PIB).”
“Vamos aprovar retroactivamente o Orçamento Geral de 2019. Já estamos a trabalhar na elaboração do OGE 2020. Vamos ter de fazer uma gestão muito rigorosa das despesas, através do comité de tesouraria, para podermos reduzir o défice. Vamos ter que tomar medidas para aumentar as receitas, de modo a reduzir o défice fiscal e iniciar conversações com o FMI para ver se poderemos ter um programa nos próximos tempos”, informou o ministro da Economia e Finanças.
“O nosso objectivo, de acordo com os critérios de convergência da UEMOA, é ter um défice fiscal de 3% (três por cento)”, fez questão de sublinhar Geraldo Martins.