Thursday, September 28, 2023
NACIONAL

GUINÉ-BISSAU DE LUTO PRESIDENTE DO STJ MORRE EM DAKAR

Agosto 11, 2021
  

O juiz-conselheiro Mamadú Saido Baldé, investido em maio último como novo presidente do Supremo Tribunal de Justiça (STJ)  da Guiné-Bissau morreu em Dacar, esta quarta-feira, vítima de doença noticiou a imprensa na capital guineense reportando a família do malogrado.

Recorde-se que o juiz-conselheiro Mamadú Saido Baldé foi eleito, no dia 18 de maio, presidente do Supremo Tribunal de Justiça e do Conselho Superior da Magistratura Judicial, entre os seus pares, na sequência duma votação bastante disputada, sucedendo Paulo Sanhá, que havia concluído o seu segundo e último mandato. Derrotado duas vezes em eleições no STJ venceu a disputa ao cargo com o também juiz-conselheiro Ladislau Gomes Embassa, antigo Procurador-geral da República.

Mamadú Sido Baldé prometeu mudanças, anunciou o fim da letargia nos tribunais, e garantiu que doravante haveria justiça para todos.

A posse foi conferida pelo Presidente da República Umaro Sissoco Embaló, no dia 26 de maio, no Palácio da Justiça, em Bissau. Na ocasião Embaló insurgiu-se contra o mandato da direção cessante presidida pelo juiz-conselheiro Paulo Sanhá tendo como vice-presidente Rui Nené, considerando que no mandato dos dois titulares o Supremo Tribunal de Justiça ficou aquém de responder às expectativas dos guineenses, e que caiu para o seu nível histórico mais baixo de sempre.

“A justiça guineense conheceu o seu período mais sombrio e que de agora em diante as coisas têm que mudar” criticou Embaló. Incidindo na forma como a direção de Paulo Sanhá tratou o contencioso eleitoral das presidenciais de 2019 considerou que “faltou pouco para levar o país a uma guerra civil”.

O chefe de estado anunciou, na altura, que com a nova equipa na direção do STJ qualquer servidor público, juiz, magistrado no Ministério Público, deputado ou governante, que for apanhado nas malhas da corrupção serão imediatamente detidos.

Mamadú Saido Baldé, no Ministério Público serviu como vice-Procurador Geral da República, tendo posteriormente sido nomeado ministro da Justiça. Foi derrotado duas vezes em disputas pela liderança do STJ

Ao cargo de vice-presidente do STJ, foi eleito o juiz-conselheiro Lima André, que substituiu o também juiz-conselheiro Rui Néne.