IDRIÇA DJALÓ A VOZ QUE INCOMODA O REGIME
PUN MARCA DIFERENÇA NA OPOSIÇÃO
O Partido da Unidade Nacional (PUN), sem assento parlamentar, tem mantido uma postura digna de referência na actual conjuntura política nacional devido às suas intervenções sempre que necessário se revela para criticar actuações inadequadas, violações das regras democráticas, dos direitos humanos, ou quaisquer outros atentatórios aos interesses nacionais.
Pela voz do seu líder, Idriça Djalo, tem acompanhado de perto a vida nacional, designadamente, as ações e funcionamento dos poderes executivo, legislativo e judicial, bem como o exercício da Magistratura Suprema que tem sido muito criticada pelas organizações da sociedade civil.
Os fundamentos das críticas, chamadas de atenção, recomendações, não têm sido feitos de ânimo leve mas sim com base em sólidas provas.
Efetivamente, 21 (vinte e uma) formações políticas participaram nas últimas eleições legislativas (2019). Dentre elas, PAIGC, MADEM-G15, PRS, APU-PDGB, PND e UM elegeram deputados. Da coligação engendrada que se afirmou com a nova maioria na ANP, que arredou o PAIGC, vencedor das legislativas, do poder e do pedestal, fazem parte MADEM-G15, com maior número de deputados, seguindo-se PRS, APU-PDGB, que dos 5 deputados (perdeu 3 que foram engrossar a nova maioria parlamentar) PND e UM.
Os restantes, excepto o PAIGC, obviamente, que alegadamente disputa a reposição da verdade eleitoral, estão dispersos algures, calados e inactivos e ausentes das disputas políticas quiçá a espera de futuras vitórias eleitorais para, só então, revelarem as suas reais capacidades para convencer o eleitorado.
Idriça Djaló, em consequência da sua atuação, já foi vítima de ameaça à sua integridade física. O político fez essa denúncia publicamente numa conferência de imprensa. Nos últimos tempos têm sido reiteradas as tentativas de assassinato e bem como espancamentos de cidadãos devido aos seus pronunciamentos ou dissincronias com o novo regime.
Bissau votou ao estado em que ninguém está seguro.