Um grupo de indivíduos não identificados, que seguia numa viatura de matrícula senegalesa tentou, no sábado, provocar o despiste do automóvel em que seguia Lu´s Vaz Martins, advogado, antigo presidente da LGDH.
O automóvel do ativista foi abalroado três vezes com a intenção evidente de provocar acidente que fizesse perigar a sua vida. A cena ocorreu em Bissau no trajeto que liga Bairro Militar a Antula, nos arredores do cemitério municipal,.
O advogado que também é ativista dos direitos humanos, acabara de tomar parte no debate semanal na rádio Capital FM como um dos painelistas que analisa factos da vida nacional e internacional.
Em declarações à imprensa, Luís Vaz Martins disse que a afluência rápida de dezenas de pessoas ao local do atentado terá sido a sua salvação uma vez que os energúmenos se puseram em fuga. No entanto, afirmou poder identificar um dos autores da tentativa contra a sua integridade física.
Em comunicado divulgado na sua página na rede social Facebook, a organização humanitária guineense qualifica o ato de “cobarde e gratuito” e uma “tentativa de silenciar as vozes dissonantes com o propósito de instalar um regime totalitário na Guiné-Bissau.
No comunicado a LGDH ainda defende a abertura de um inquérito célere e transparente com vista à identificação e consequente punição exemplar dos autores do ato criminoso.
A organização não-governamental dos direitos humanos expressa a sua total solidariedade para com o activista Luís Vaz Martins e responsabiliza as autoridades nacionais pela sua vida e integridade física.
A Polícia judiciária que esteve no local, assumiu as rédeas das averiguações no sentido de apurar o que esteve na origem do atentado bem como os envolvidos no atentado.
Recorde-se que recentemente um dos jornalistas da rádio Capital FM foi espancado assim como um bloguista alegadamente por produzirem informações contra o poder político instalado. Há cerca de um ano, a mesma rádio, considerada uma das vozes críticas do poder político, foi vandalizada e até esta data não se sabe quem foi o mandante.
Vaz Martins faz parte do colectivo de advogados do antigo Primeiro-Ministro Aristides Gomes e da ex-ministra da Justiça Ruth Monteiro.