O facto de ser Representante, com plenos poderes, de uma pessoa, uma organização ou, numa escala mais ampla, do País, pressupõe, em primeiro lugar, que, alicerçado por determinadas condições, designadamente, confiança, credibilidade, é lhe conferida a missão de estar a frente, manifestar, tomar decisões (preferencialmente boas), sempre que necessário, em seu nome próprio e em nome e pelos interesses superiores do representado do qual tem o competente mandato para os fins adequados.
Nessas conjunções, tendo em linha de conta o exercício dessas funções, em qualquer lugar do mundo, são criadas as devidas condições para reduzir ao mínimo o cometimento de falhas que possam comprometer não só o representante mas também e essencialmente o representado. Daí que, na generalidade, é escudado fisica, intelectual e moralmente, por uma vasta gama de assessores de diversas especialidades, com experiência e reconhecida competência, aos quais pode socorrer-se permanentemente. Em caso de desempenho de funções ao nível do Estado, do aparelho de governação, como não podia deixar de ser, as leis permitem essa peculiaridade.
Esse procedimento é institucionalizado não para suprir Incompetências, mas para dar auxílio, conselhos em áreas específicas, porque os limites do ser humano fazem com que ninguém saiba tudo integralmente (tirando os casos em que se pode possuir alguma noção sobre uma ou outra coisa). E, não é burrice, o Representante não saber tudo, como pode muita gente cair no logro de pensar.
Ora, estando nessa situação, qualquer alto Representante ou Dignitário do Povo e do Estado, não se pode aceitar que cometa os chamados “erros de palmatória” sistemática e publica e reiteradamente uma vez que, para esclarecer quaisquer dúvidas, ou estar a par de uma matéria desconhecida, dispõe de um amplo leque de assessores, à mão, cuja missão principal é servir-lhe ato contínuo, in situ.
Este desabafo é apenas para manifestar, impotente, o desagrado de assistir Alto Dignitário a cometer gafes reiterados em atos cerimoniais públicos no exterior, cobertos pela Mídia internacional, para gáudio de muita gente que entende que essas cenas dizem tudo da personalidade em causa.
Em jeito de prólogo compete apenas dizer, que a missão primeira do conselheiro é prestar assessoria com devoção, honestidade e competência. Desperdiçar, menosprezar, fazer pouco uso dessas capacidades, supostamente bem remuneradas, custa caro ao Tesouro Público e, as falhas que resultam porque não são chamadas a prestarem serviços são, como tem sido patenteado, GRAVES (evito usar o superlativo absoluto sintético).
SERVIR O POVO E A DEMOCRACIA É UMA HONRA QUE NINGUEM DESEJA BELISCAR DE QUALQUER MANEIRA. Se suceder o contrário, que seja por lapso; que seja corrigido…
Tenho dito!